05/02/2015

PIODÃO 2015

VII Travessia da Serra do Açor 
Este ano, pretendemos aliar a paisagem "única" de uma das mais selvagens Serras de Portugal, com a visita á conhecida Aldeia Histórica do Piódão e degustar do melhor da gastronomia regional, no INATEL Piódão Hotel****.
Inscrições abertas


                                                      Travessia da Serra do Açor
            Esta é uma das mais desconhecidas serras de Portugal, mas talvez uma das mais belas. Tem uma beleza própria, quer pela vegetação que a cobre em grande parte da sua área, matos, bosques de pinheiros, castanheiros, carvalhos ou eucaliptos em certos locais, quer porque nos permite avistar noutras perspetivas, serras bem conhecidas como a Estrela, a Lousã, o Caramulo, a Gardunha que são as suas vizinhas mais próximas, mas ainda a vista alcança o Alentejo, a Espanha e as imediações do Douro.
            A Serra do Açor está ligada à Estrela nas Pedras Lavradas e à Lousã pelo Penedo de Góis. Tem duas cumeadas separadas pelo vale do rio Ceira afluente do Mondego e situa-se entre os rios Alva e Zêzere, constituindo um maciço com cerca de 35 Km de comprimento por 30 de largura aproximadamente. O seu ponto mais elevado é o Picoto de Cebola, com 1418 metros de altitude e tem outros bem altos como o pico de S. Pedro do Açor, a Rocha, O Colcurinho e o Gondufo. Estende-se pelos concelhos da Covilhã, Seia, Oliveira do Hospital, Arganil, Pampilhosa da Serra e Góis.
            A serra tem algumas áreas que, pela sua riqueza e características vegetais fazem parte da Rede Natura: destacam-se o Picoto de Cebola, S. Pedro do Açor, os Penedos de Fajão, o azinhal das Meãs e, pela sua massa vegetal e riqueza florística, a Mata da Margaraça: esta Mata constitui uma das raras e mais significativas relíquias que restam da floresta que cobriu a maior parte das encostas de xisto do centro de Portugal. A Mata da Margaraça, com uma superfície de cerca de 68 hectares (propriedade do ICNB), situa-se numa encosta bastante declivosa de exposição N-NW e com uma altitude que varia entre os 400 e os 750 metros. Apresenta uma composição vegetal única, encontrando-se atualmente rodeada por zonas de mata e campos agrícolas.
            O percurso inicia-se em Casegas, aldeia do concelho da Covilhã, situada nas margens da ribeira que separa as serras da Estrela e do Açor, e que nasce na confluência destas serras, atravessa o Sobral de São Miguel, segue pela portela entre o Picoto de Cebola, o Gondufo e S. Pedro do Açor, até chegar junto deste e atingir a freguesia do Piódão entre as povoações de Chãs de Égua e Malhada Chã, começando então a descer para o Piódão, subindo desde os 400 metros de altitude em Casegas, até aos cerca de 1380 no Açor.
            Este caminho é uma parte daquele que há muitos anos as gentes de Casegas faziam pela serra, quer quando, em Julho, iam à romaria da Senhora das Preces, ou se dirigiam aos mercados de Coja, Oliveira do Hospital ou Arganil pela “Rota do Sal”, (que coincide com a “Rota da Lã”, em muitos quilómetros do seu percurso, documentadas desde a Idade Média, a do Sal diretamente para o litoral, a da Lã até Tomar). Era esta a rota que abastecia o interior, a partir do litoral, de peixe salgado e sal e escoava as produções têxteis, os gados, os queijos e outros produtos do interior serrano e fabril. Por esta estrada “real”, especialmente protegida pelos nossos reis desde a Idade Média, quando a “reconquista” se dava por finda, povoada de diversas “catraias”, estações de mudas de cavalos e ponto de pernoita nesses caminhos inóspitos. O percurso destas “Rota do Sal” e “Rota da Lã”, passa junto da primeira destas “pousadas”, a do “Souto Negro” à saída de Casegas e ainda na de S. Pedro do Açor, antes do Piódão. Só deixaria de ter importância decisiva quando o caminho-de-ferro da Beira Baixa foi inaugurado até à Covilhã, em 1893, pelo rei D. Carlos e ficaram desertos os caminhos da “Rota do Sal” e da “Rota da Lã”.
            As pessoas desde muito cedo povoaram esta serra: temos vestígios do Neolítico, e da Idade do Bronze em muitos locais, são as gravuras rupestres efetuadas provavelmente por populações de pastores nómadas. Da época romana há vestígios de mineração e na Idade Média, os nossos reis e os grandes senhores feudais, procurando povoar todo o reino, deram forais a várias povoações e procuraram promover o estabelecimento de gente, oferecendo regalias aos moradores. Se assim não fosse, como se explicaria o imenso número de aldeias que pontuam esta serra em todos os vales onde a fertilidade da terra e a água oferecem algumas condições de vida, embora pouco atrativas? Como se explicariam povoações como o Piódão, a Covanca, a Malhada Chã, os Chãs de Égua, Fajão, Unhais-o-Velho e Meãs, Sobral de S. Miguel e Cebola (S. Jorge da Beira) e muitas outras aldeias, implantadas em locais inóspitos, de difícil acesso e de pouca terra fértil? Não foi apenas a pastorícia e a apicultura, mas também a cultura do castanheiro, cereais, batata e no século XIX a exploração do carvão de torga, a exploração mineira (Minas da Panasqueira) que deu algum rendimento aos serranos. 
           A terra era fértil em certos locais, mas pouca para a população em crescendo, a vida era difícil e muitos tiveram que emigrar ao longo dos últimos 100 anos. No entanto há futuro aqui: hoje é o turismo (pedestrianismo, turismo de ambiente e natureza, turismo cultural…) e algumas atividades como a apicultura, a pastorícia (caprinicultura), a caça, em que a conjugação da tradição com a modernidade parece fazer a estrada do futuro. Apesar de as cumeadas terem sido transformadas em centrais eólicas de produção de energia, a beleza da serra mantém-se.

24/12/2014

09/12/2014

ROTA DOS GANHÕES 2014

Mais uma rota por trilhos ancestrais, passagem por ribeiras, levadas centenárias  e locais de passagem de animais selvagens. Como não podia faltar nesta data, o almoço será uma couvada.

31/08/2014

NORMAS DO PEDESTRIANISMO


 As Normas do Pedestrianismo, já elaboradas há muito tempo, foram feitas, para que todos os futuros participantes nas actividades pedestres tenham noção do que se deve seguir e respeitar.

São compostas por apenas três artigos, para não serem “maçudas”, e não devendo ser tais normas entendidas como uma obrigação fundamentalista, mas somente uma indicação para que cada um, se quiser, as respeitar.

NORMAS DO PEDESTRIANSMO


NORMAS DO PEDESTRIANISMO
1 – O Pedestrianismo é uma actividade de lazer, feita em segurança, onde nunca poderá existir competição, pelo que todo o caminheiro deverá saber esperar e ajudar quem esteja em dificuldade.
2 - O Pedestrianismo é uma actividade de partilha e comunhão, como tal não deverá ser descriminado qualquer participante, por motivos raciais, económicos, religiosos, culturais, políticos ou clubísticos.
 3 – O Pedestrianismo deverá reger-se pelo respeito da fauna e flora, do património, bem como dos bens pertença de quem gentilmente autoriza esta actividade dentro da sua propriedade.

24/12/2013

BOAS FESTAS

              QUE O NATAL E O ANO DE 2014 VOS TRAGA O QUE MAIS DESEJEM