21/11/2009

"RUTA CARLOS V"

No dia 8 de Novembro, o grupo composto por 9 caminheiros participou na 25ª Edição da "famosa" Rota do Imperador Carlos V, na zona de Plasência, Espanha.
Evento muito bem organizado (do melhor que já vi), pelo "Grupo Placentino de Montana".
Fomos recebidos de uma forma extraordinária e muito acolhedora, pelos mais de 900 participantes que percorreram os 28 Km deste trilho, entre Tornavacas e Jarandilla de la Vega, na "Serra de Gredos"
Os "duros", quilometros do percurso foram vencidos em cerca de 8 Horas, com a ajuda da beleza da paisagem e salutar convívio com os "nossos vizinhos Espanhóis"...



06/10/2009

Mineiros

Casegas é uma terra, cuja história girou em torno das Minas da Panasqueira nos últimos cem anos. Se hoje o universo das Minas já não é tão marcante na vida das gentes, resta uma memória forte e indelével. Essa memória tem sido avivada anualmente pela caminhada e, este ano, a rota dos mineiros incluiu uma homenagem na Casa do Povo de Casegas. O vagão, logo à entrada, no exterior, e a lápide comemorativa, lá ficam para marcar fisicamente esse facto. Por outro lado, a exposição da memória mineira (livros publicados sobre as Minas desde há muitos anos, quase uma dezena, objectos de uso diário, o gasómetro, o capacete, as botas, a roupa, o saco da merenda e a bota, etc) feita no salão, marcou o dia 4 de Outubro.
O presidente da Comissão de Gestão da Casa do Povo de Casegas, César Craveiro, referiu a história dos mineiros e homenageou, em nome da Casa do Povo e dos seus sócios, os convidados, antigos mineiros de Casegas que se reformaram em serviço na empresa e outros de terras mineiras vizinhas, entre as quais, S. Jorge da Beira (ex-Cebola). Esteve também presente o actual director da Sojitz Beralt Tin & Wolfram Portugal e outros elementos do staff da empresa .
Seguiu-se o almoço, tradicional na gastronomia da festa dos mineiros: chanfana de cabra, acompanhada com o habitual vinho tinto e doces regionais à sobremesa.

29/09/2009

Mineiros da Panasqueira

MINEIROS DA PANASQUEIRA - A PROPÓSITO (NOVAMENTE) DA ROTA DOS MINEIROS

A expressão mais adequada para descrever grande parte da vida quotidiana dos mineiros da Panasqueira é enterrados vivos. A maior parte dos mineiros eram oriundos do concelho da Covilhã e umas largas centenas eram de Casegas. Verdadeiros heróis do trabalho, autênticas toupeiras humanas, furaram e esventraram a serra do Chiqueiro e o Cabeço do Pião, território situado na zona limítrofe dos concelhos da Covilhã, Pampilhosa da Serra e Fundão.

No século XIX, foi um Caseguense, o Pescão, quem descobriu o potencial económico da Panasqueira, iniciou a exploração, inicialmente apenas de estanho e cobre e vendeu a mina ao banqueiro Burnay que, por sua vez, igualmente a vendeu aos ingleses da Beralt Tin & Wolfram. Estes, após a I Guerra Mundial começaram a extracção do volfrâmio. A Beralt, embora tenha mudado de mãos, ainda está a explorar as Minas da Panasqueira.

Era a necessidade de procurar sustento, melhorar as condições de vida, que a ruralidade não era de farturas, pois o trabalho agrícola em terras montanhosas não dava pão abundante, que levava os mineiros a percorrerem diariamente cerca de 20 quilómetros por estreitas veredas de pé posto, atravessando ribeiras, por onde circulavam igualmente pastores, carvoeiros e almocreves, chegando ao trabalho já fatigados. A rota dos mineiros procura reconstituir um pouco o seu percurso diário.

As entranhas da montanha albergavam milhões em volfrâmio, cobre e estanho. Estão agora ao sol, os milhões de toneladas de resíduos da exploração de mais de cem anos na Panasqueira, Barroca Grande e Rio, os três núcleos das Minas. Mas há quem diga que o "monte" do dinheiro que dali saiu ainda é maior.

As Minas da Panasqueira tiveram um grande impacto económico, social e cultural nos concelhos da Covilhã, Pampilhosa da Serra e Fundão. Esse impacto foi maior nas freguesias mais próximas das Minas da Panasqueira. As que mais influência sentiram foram, no concelho da Covilhã, Casegas, S. Jorge da Beira (antiga Cebola) Aldeia de S. Francisco (antigamente Bodelhão), Ourondo, Paul, Erada; no concelho do Fundão, Silvares, Barroca, Janeiro de Cima e Bogas e no concelho da Pampilhosa, Dornelas e Meãs, e outras da freguesia de Unhais-o-Velho, ou mesmo, Fajão e Janeiro de Baixo, já que a sua área de influência ia até mais longe. Das referidas povoações, quase todos os trabalhadores tinham que deslocar-se diariamente. Por vezes, no regresso, ainda iam "dar uma mão" no amanho das terras, ajudando nas épocas das sementeiras ou colheitas quando o trabalho da mulher e dos filhos não era suficiente. Os de terras mais longínquas deslocavam-se semanalmente. Ao sábado regressavam à aldeia, faziam as suas tarefas agrícolas, assistiam à missa do Domingo e na segunda-feira de madrugada lá regressavam à Mina. Outros fixaram-se definitivamente na zona de exploração, constituindo as novas povoações da Panasqueira, Rio e Barroca Grande com muitos outros que vinham do Alentejo, Trás-os-Montes e Minho e que por cá ficaram.

A Mina permitiu manter muita população com um emprego bastante estável nas povoações mais próximas e, com uma certa complementaridade da pequena agricultura, algum desenvolvimento económico-social e um nível de vida aceitável para uma zona rural como a nossa.

Mas isso tinha um preço elevado: as condições de trabalho eram terríveis e a somar à própria natureza da tarefa, ao local onde era exercida e aos terríveis perigos de acidentes, havia a doença profissional, a silicose, provocada pela inalação do pó da pedra. Esta doença é incurável e consiste numa lesão permanente do pulmão provocada pela sílica da rocha, presente nas poeiras. Mais tarde ou mais cedo, dependendo de vários factores, a morte era uma sina precoce. Muito raros eram os mineiros que ultrapassavam os cinquenta anos. Nestas aldeias, as mulheres ficavam viúvas muito cedo. No concelho da Covilhã, Casegas e S. Jorge da Beira eram conhecidas como as terras das viúvas. Viuvez e orfandade com o seu cortejo de miséria, mitigada pela solidariedade e pelo trabalho de todos nas pequenas courelas de magra terra. Mal dava para a "côdea". Logo que possível, a emigração para Lisboa ou para o estrangeiro. Ou, por atávica herança, a mina, outra vez. O investimento da empresa concessionária das Minas na melhoria das condições de trabalho e segurança, pressionada pelos trabalhadores, sindicatos e, finalmente, pelas leis que foram sendo publicadas, permitiu alterar o panorama para melhor.

Logo após o 25 de Abril, quando a reivindicação e a força dos trabalhadores eram maiores, os mineiros da Panasqueira tinham dos melhores salários do operariado a nível nacional e eram uma influente força social. Nessa altura a exploração mineira estava em alta. A decadência começou nos anos oitenta, quando as crises cíclicas dos mercados e a desvalorização do volfrâmio, pela concorrência internacional, foram reduzindo as efectivos e enfraquecendo a exploração mineira. Chegou a encerrar nos anos noventa, para voltar a reabrir quando o preço do volfrâmio o justificou. Hoje, as Minas ainda laboram. Têm cerca de duzentos mineiros, mas a crise é uma ameaça permanente, mitigada pelas guerras que no mundo se vão dando.

Ao longo de todo o século XX, a marca das Minas exerceu-se na vida desta região e desta terra. Foram muitas, as gentes que se movimentaram na sua órbita. Recordemos algumas épocas e factos: na Segunda Guerra Mundial a corrida ao volfrâmio levou milhares de pessoas à garimpagem e ao contrabando e algumas enriqueceram. Muitos dos que tentaram o quilo e o salt' e pilha continuaram pobres, mas viveram a ilusão. Outros fizeram bons negócios e enriqueceram, fornecendo à mina, as madeiras para segurança do terreno no trabalho subterrâneo. Outros ainda, viveram do comércio e de pequenas indústrias que a existência das Minas proporcionava. As freguesias limítrofes forneceram à empresa serviços, mão-de-obra, madeira e electricidade. Apesar de tudo, uma boa parte do progresso destas terras e a menor desertificação desta região deve-se à existência da Minas da Panasqueira.

Existem em Casegas muitas pequenas histórias de vida de gentes mineiras, marcadas e condicionadas pela mina.

Este pequeno texto é uma homenagem aos homens e mulheres que deram um grande contributo, pelo seu trabalho e pelo seu heroísmo à vida serrana e são, tal como os carvoeiros, os pastores, os ganhões, os lavradores e tantos outros, de vidas ignoradas e simples, o substrato humano da história desta terra mineira.

quilo- expressão empregue pelos garimpeiros autorizados, referindo-se à venda do volfrâmio, ao quilo, à empresa concessionária, Beralt Tin & Wolfram, durante a II Guerra Mundial, quando se permitiu a exploração por conta própria no exterior.

salt’e pilha- trabalho dos garimpeiros clandestinos, não autorizados pela empresa concessionária e que faziam a exploração por sua conta, como se fosse a assaltar e a pilhar. Grande parte do volfrâmio extraído por estes entrava no circuito do contrabando, alimentado pela procura, especialmente por parte dos alemães. A ditadura de Salazar facilitava, ou fechava os olhos a este contrabando, (quase no final da guerra) pois o volfrâmio vendido aos alemães era pago em ouro.

Casimiro Santos

30/07/2009

Rota dos Almocreves / caminhada Nocturna

Cerca de 150 Pessoas, marcaram presença na IV Caminhada Nocturna organizada pelo Núcleo de Caminhadas da Casa do Povo de Casegas, além da tradicional participação dos nossos Emigrantes, estiveram ainda presentes o já habitual "pessoal" da Zona da Covilhã, bem como a "Malta" da "Gardunha Viva" (Associação Montanhismo do Fundão) e ainda, um grupo bem simpático da Zona de Arouca.


O Núcleo de Caminhadas da Casa do povo de Casegas, agradece há "Gardunha Viva", por ter incluído esta actividade, no seu plano de actividades para 2009 e a forma como o divulgou.

20/07/2009

ROTA DOS MINEIROS

Devido as eleições legislativas, marcadas para o dia 27 de Setembro próximo, antecipamos a Rota dos Mineiros para o Domingo anterior, 20 de Setembro de 2009, oportunamente divulgaremos mais pormenores da caminhada

18/06/2009

CAMINHAR NA ILHA DA MADEIRA, Cont...

Mais uma vez "Os Caminheiros de Casegas" realizaram o seu passeio anual.
Na companhia de 66 participantes fomos até à encantadora Ilha da Madeira.
Com um programa completo e bastante inovador (articulação plena de dois autocarros), conseguimos agradar a todos, aos que iam apenas para "Turismo" e aos que, como eu, queriam conhecer a Ilha através das suas belas "levadas" e "Veredas" .
Bem!..., do Funchal, Santana, Camara de Lobos, Porto Moniz, etc..., quem vai à Madeira, toda a gente fala e fica a conhecer.
Eu preferia falar das cerca de 19 Horas que realizámos de percursos pedestres, percorrendo e conhecendo, os "recantos" que esta bela "Ilha", reserva apenas para aqueles que se dedicam ao prazer de "Caminhar".

No primeiro percurso (dia 11), optámos por realizar a "Levada do Furado", com início na zona do "Ribeiro Frio", começámos com uma ida até ao Miradouro do "Balcões", para apreciar a bem conservada Floresta "Laurissilva" e as montanhas do Maciço Central.
De seguida, seguimos pela levada da Serra do Faial, do Ribeiro Frio até há Portela onde o autocarro nos esperava.
Distância percorrida: 13 Km
Tempo: 5 Horas
Dificuldade: Baixa




No segundo passeio, já na companhia do nosso amável guia, O Sr. Quintal, membro dos "Amigos da Natureza". Fomos para a Zona do Paúl da Serra, em pleno planalto, o autocarro deixou-nos na estrada que desce para o Fanal, iniciamos o percurso pela ribeira que leva as águas até à lagoa do "vento", (local único, mesmo por cima da cascata do Risco) onde almoçámos e alguns "Companheiros" aproveitaram para dar um "mergulho", seguimos pela levada do "Fanal", até ao "Rabaçal", onde nos esperava o transporte de regresso, seguimos para Porto Moniz, mergulho nas "Piscinas Naturais" e por último, paragem "obrigatória" na Serra d Água, para "provar" a famosa "Poncha"...
Distância Percorrida: 10 Km
Tempo: 3h 30m
Dificuldade: Média





Para sábado, ultimo dia de caminhadas, estava reservado, ao trajecto que nos trazia mais expectativas, era o dia dos "duros", chamavamos nós.
Pelas 7h 30m, com o tempo impecável para caminhar, saímos do Hotel com destino ao "Pico do Areeiro".
Na companhia dos nossos Guias, O Sr. Quintal, o Marco, O Ricardo e o Sr. Andrade, membros dos "Amigos da Natureza" e depois da foto de família, iniciámos a 1ª parte do percurso.
Do "Pico do Areeiro" ao "Pico Ruivo", traçado realizado por uma espectacular vereda de montanha, (muito bem conservada) e alguns túneis, sem palavras para descrever a paisagem que nos envolvia, deixo as imagens falarem por si.
Em menos de 3 horas chegámos ao ponto mais alto da Ilha o "Pico Ruivo" (1.968m), depois das fotos e algum "aconchego" ao estômago, iniciámos uma descida vertiginosa com desnível de uns bons 800m, ( foi a parte mais difícil de todo o percurso) demorámos cerca de 2 horas, até chegarmos á zona do "vale da Lapa", sitio onde se cruza a "Vereda da Ilha", com a "Levada do Caldeirão Verde".
Com a hora do almoço já tardia, foi aqui que partilhámos o farnel, na "companhia", do vinho "Morangueiro" do Sr. Quintal.
A 2ª parte do percurso estava reservada à "levada do Caldeirão Verde", logo no inicio, dois túneis, um com uns bons 100m e outro mais curto, mas bastante baixo, passado algum tempo chegámos ao local que eu tanto desejava conhecer, o "Caldeirão Verde" uma queda de água com cerca de 100m, rodeada de vegetação por todo o lado, formando uma autêntica caldeira de águas frias e cristalinas. Sem vontade de abandonar este local mágico, bem no centro da Ilha, lá iniciámos o regresso pela mesma Levada até ao Parque Florestal das "Queimadas" e de Seguida até ao "Pico das Pedras", onde o autocarro nos esperava, mas ainda tivemos tempo para provar o "pé de cabra", muito bem confeccionado pelo o Sr. Quintal.
Chegámos ao Funchal pelas 19 horas, algo cansados, mas felizes por estes 3 dias passados a descobrir os recantos, deste belo pedaço de "terra", que é a Ilha da Madeira....
Distância percorrida: 17 Km
Tempo: 9 Horas
Dificuldade: Alta






AGRADECIMENTO

Os "Caminheiros de Casegas" (blog), agradecem a total disponibilidade e voluntariado por parte de alguns membros dos "Amigos da natureza" da Ilha da Madeira, que ajudaram a tornar estes fantásticos dias, ainda mais ricos e agradáveis.

Um obrigado, há experiência do Sr. Quintal e do Sr. Andrade, à irreverência do Ricardo e às lições de "Botânica" do jovem Marco.

Um abraço e até breve "amigos".....

Ruben Neves

Como o "Camarada" "C.", já referiu, não deixem de dar uma "olhadela", nos seguintes Blogs:

http://caminhadasnamadeira.blogspot.com/

http://lugaresmadeira.blogspot.com/

17/06/2009

CAMINHAR NA MADEIRA

De 10 a 14 de Junho foi a altura de irmos à Madeira fazer algumas caminhadas e apreciar a beleza desta pérola do Atlântico que merece bem este nome: paisagens de cortar a respiração, o mar e os abismos que parecem engolir quem os contempla pelas levadas e nos miradouros... O nosso programa englobou de tudo um pouco: percursos pedestres, passeios urbanos no Funchal e noutras localidades, passeios de autocarro por toda a ilha, festas populares, convívio, gastronomia... enfim, só quem não foi é que não pode ter gostado. Impecável e absolutamente imperdível! Uma palavra de elogio ao Rúben que concebeu este passeio, foi quem mais trabalhou na sua organização e foi um guia óptimo. Outra palavra de elogio a todos os participantes, pois as coisas só podem correr bem, como correram, com o contributo de todos. Quanto a mim, continuo maravilhado!
Leiam o que dizem dum dos percursos pedestres, os nossos guias da Madeira e vejam algumas imagens nos seguintes blogues http://lugaresmadeira.blogspot.com/ e http://caminhadasnamadeira.blogspot.com/ É só clicar no endereço na coluna da direita e entrar directamente.
Aqui estão algumas imagens destes dias, captadas por mim. Peço a quem participou que envie mais algumas.

21/05/2009

Rota das Maçarocas


O pequeno almoço é servido na praia fluvial de Ourondo e o almoço é na esplanada da Casa do Povo de Casegas.
Não se esqueçam que as inscrições terminam dia 4 de Junho.
Quem não tiver medo da água fria pode trazer o fato de banho

06/05/2009

ROTA DA ARQUEOLOGIA - IMAGENS DA PRIMAVERA DE CASEGAS

No dia 3 de Maio fizemos o percurso de Casegas até à "Casa Branca", local onde se encontram algumas das gravuras rupestres que vemos nas imagens do slide. Algumas foram gravadas numa época recuada, Calcolítico e Idade do Bronze, (há 3 ou 4 mil anos) quando os primeiros pastores começavam a frequentar a nossa região com os seus rebanhos de cabras e ovelhas. Esta arte abstracta está presente numa vasta área que abrange partes dos concelhos da Covilhã, Fundão, Seia, Pampilhosa da Serra, Arganil, Góis, Oleiros, Sertã e outros do centro do país, normalmente em painéis de xisto. Continuam a ser descobertos conjuntos de gravuras durante levantamentos arqueológicos em curso. Natureza, paisagem e cultura, são as componentes desta rota organizada pelo Núcleo de Caminhadas da Casa do Povo de Casegas que no final serviu uma óptima feijoada, confeccionada pelos cozinheiros habituais. O percurso é belíssimo nesta época do ano e as imagens são demonstrativas. A paisagem na primavera tranfigura-se; só temos pena que a internet ainda não dê para nos apercebermos do perfume que paira no ar. As fotos são do Luciano e do Casimiro.

28/04/2009

ROTA DA ARQUEOLOGIA



ROTA DA ARQUEOLOGIA

DOMINGO, DIA 3 DE MAIO PRÓXIMO.

O programa tem estado a ser divulgado com o cartaz que está já afixado nos locais habituais. Quem está longe e tem notícia por este blogue, faça a marcação pelos telefones da Casa do Povo de Casegas, do Luciano, da Diamantina ou da Dulce, ou ainda para os cafés de Casegas que têm o cartaz afixado. Inserimos um link para um interessante site relacionado com a arte rupestre na nossa região. Vejam igualmente as fotos de arte rupestre na nossa região que o Luciano postou no ano passado:
arte rupestre
slide arte rupestre
telefones: 275663331, 938524865, casegaourondo@portugalmail.com.
A partida é às 8 H 00 do Largo da Eira. Até domingo!


Mais imagens da travessia da serra do Açor - Picoto, de Casegas às Meãs

Alguns dos participantes vão-nos enviando imagens de uma grande beleza. Aqui ficam mais algumas neste slide abaixo.

20/03/2009

TRAVESSIA DA SERRA DO AÇOR (Casegas - Meãs) - 19 DE ABRIL DE 2009


Alteração do calendário de caminhadas.
19 de Abril 2009 - Travessia da Serra do Açor. 3 de Maio de 2009 - Rota Arqueológica.

Uma organização conjunta do Núcleo de Caminhadas da Casa do Povo de Casegas e da Comissão de Melhoramentos de Meãs
As duas actividades de nomeação diferente nas duas localidades (Rota dos Pastores, chamam-lhe os das Meãs, Travessia da Serra do Açor, chamamos nós) realizam-se no mesmo dia e têm uma parte do percurso comum, desde o Malhadinho, o planalto antes da derradeira subida ao Picoto, até às Meãs, onde almoçaremos em conjunto no Parque de Merendas. A actividade está ligada às rotas dos pastores e dos mineiros e ao percurso dos carvoeiros que exerciam a sua actividade nesta montanha, principalmente nos meses de Primavera e Verão, quando as condições meteorológicas eram mais propícias. É um percurso de cerca de 20 Km de uma certa dificuldade, longo, pois 15 Km são em subida permanente, embora, quase sempre relativamente suave, com alguns declives mais íngremes.
A memória desta serra recua no tempo até à época Neolítica, quando era frequentada pelos primeiros pastores e agricultores que aqui deixaram sinais da sua presença em inúmeras gravuras rupestres e mamoas (sepulturas pré-históricas de incineração), quer no topo da serra do Açor (Cebola e S. Pedro do Açor), quer nas encostas e nos vales, virados para os concelhos da Covilhã, Pampilhosa da Serra e Arganil. O Picoto de Cebola-Meãs é o ponto mais alto da Serra do Açor (1418 m) e do distrito de Coimbra e é o ponto onde este e o de Castelo Branco se ligam. É também a mais alta serra de xisto de Portugal e está classificada na rede natura pelo seu valor natural, da flora, fauna e geologia, além do valor para a Pré- História. Os recursos actualmente aproveitados nesta montanha são as rochas de xisto, a exploração mineira da Panasqueira e a energia eólica.

20/02/2009

ROTA DOS PASTORES - 1 de Março 09

Mais uma caminhada com a pastorícia ancestral como rota: os pastores da nossa região frequentavam Casegas, pois os seus férteis lameiros regados pela ribeira, forneciam abundante pastagem nos meses em que a serra estava coberta de neve. Em finais de Abril voltavam a subir à serra e por lá passavam o Verão para voltarem a descer nos finais do Outono, em Novembro: era a transumância sazonal. Mas os pastores de Casegas ficavam pela meia encosta e raramente ultrapassavam, em altitude, a "Casa Branca". Esse é o local até onde subiremos no dia 1 de Março. Como produto, o excelente queijo de cabra, fruto do alimento que este generoso ruminante ingere: a urze, a carqueja, a queiró, o sargaço, a esteva, a giesta, as ervas e todo um conjunto vasto da flora, próprio desta região serrana. Cá esperamos pelos participantes com a nossa habitual maneira de receber. Até ao dia 1 de Março!